domingo, 25 de outubro de 2015

Blogs de cabeceira - de cultura alternativa

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A primeira parte deste post eu fiz comentando sobre blogs que acesso muito, mas que não são de culturas alternativas. Hoje, eu vou falar daqueles que são ligados a subculturas, ou seguem uma ideia mais alternativa.

Coloco os 3 aqui por terem uma autora em comum, a Sana.
A Sana sempre faz posts que me agradam, e me fazem pensar. Fico dias, semanas até, me questionando sobre aspectos das subculturas que atualmente estão tão questionados, manipulados algumas vezes. Fora que, toda vez que escrevo sobre alguma subcultura, dou uma olhada no MdS e no HdM para ver se tem alguma referência, pois sempre é de confiança.

Eu gosto demais da Vanessa, pela forma sincera e honesta que se expressa. Tem muita humildade e charme, me agrada muito.

A Van é uma das representantes de estilo Lolita que mais gosto, junto com a Karine do My Subarashii Lolidays e a Medora, do Medora & the Ensemble of Roses. Todas tem muito lirismo nos looks, um bom gosto ótimo e muita personalidade a sua maneira.

4. Nosferotika
Ah, tinha que ter a garota dark glitter! A Rubia é uma referência há tempos, eu rio muito com os vídeos dela, sempre tão espontâneos! Eu sempre fazia um combo Nosferô + Nox et Lux, porque muitas postagens se relacionavam. Pena que a Sandila encerrou o blog dela, mas tudo tem seu tempo né? Quem sabe futuramente ela volta?

Eu amo a Jéssica. Sem mais nada a falar. Ou melhor, só acrescentando: vejam as maquiagens artísticas dela. Vejam!!!

6. H-sama
Uma das nossas sereias da blogsfera, um blog lotado de dicas de artesanato e cosplay. Sempre que procuro uma ideia de customização, passo lá dar uma olhada.

Este blog e o Maquiando sem Crueldade estão nos meus mais vistos. Eu considero ambos com proposta alternativa, perante a sociedade, que é usar e divulgar mais produtos vegan. E temos makes lindas no MSC.

A Thays, que escrevia para o Oh My Goth (ótimo tb! Beijo Mayara!), se juntou ao Luiz Ricardo e fez um blog só sobre literaturas em diversas formas. Pego muitas dicas boas e recomendei a várias pessoas do mundo HQ.

A Re é ótima. Adoro os posts dela. Sempre bem diversos, sinceros e engraçados.

10. Madessy
A Madaha faz exatamente o que gosto: questiona algo que está virando regra, com base nas próprias experiências. E a Myrix também segue nesta linha (fora o cabelo dela, que eu adoraria ter igual. Adoro as tranças dela).

E você? Também tem blogs que acessa sempre? 
Beijos!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Cyberpunk e seus filhos - steampunk, dieselpunk, e outros (parte 6)

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Fazia muito tempo que não escrevia para esta série. Deu um clique ("oh my goth!") e resolvi voltar com as ideias inspiradas pelos movimentos "punk derivados".
Hoje, vou falar de dois estilos que fazem muito sucesso: o Elfpunk e o Mythpunk.

Link versão Steampunk, um dos meus favoritos!


"Elfpunk é subgênero da fantasia urbana em que criaturas mitológicas tradicionais, como fadas e duendes são transplantadas do folclore rural em ambientes urbanos modernos e tem sido visto nos livros desde a década de 1980, incluindo obras como "Guerra dos Carvalhos" por Emma Touro. "Gossamer Axe 'por Gael Baudino, e " A filha do Dragão do ferro" por Michael Swanwick. 

Catherynne M. Valente usa o termo "mythpunk" para descrever um subgênero da ficção mítica que começa no folclore e mitos, e acrescenta elementos de técnicas pós-modernas. Os escritores cujas obras cairia sob o rótulo mythpunk são Ekaterina Sedia, Theodora Goss, Neil Gaiman, Sonya Taaffe, Adam Christopher". (Fonte: Wikipédia - editada).

O Elfpunk me remete imediatamente a jogos de RPG eletrônicos, que vemos nas propagandas de alguns sites. O gênero é muito apreciado e dá muita liberdade de criação, o que resulta em lindas figuras, como estas abaixo:






Livros elfpunk aparecem muuuuuito neste universo riquíssimo: A série de livros The Witcher, a trilogia Os Elfos, de Bernhard Hennen, a Trilogia Elfo Negro de Salvatore, a série Dízimo de Holly Back, as crônicas Spiderwick, e muitos outros. Fora os games, que são o grande nicho do gênero.

Elfa do game Lineage II 

O Mythpunk também aparece com destaque, mas é mais contido aqui no Brasil. Temos: Deuses de dois mundos, de P.J. Pereira, Deuses Americanos, de Neil Gaiman (ótimo!), a coleção Percy Jackson, Nós os Deuses, de Bernard Werber e muitos outros, sobretudo nos EUA. Filmes do Mythpunk incluem Orfeu Negro, Malpertuis, Hércules em Nova York, a série A Múmia, e muitos outros. 

Diferente do que se pensa, o Elfpunk e o Mythpunk se destacam dos contos de fadas e histórias clássicas. Os Elfos, Fadas e outras figuras mitológicas são encontradas fora de seu ambiente habitual: cidades, ambientes futuristas, guerras... Eles podem usar roupas mais modernas, falar com gírias e expressões mais vulgares, portar armas. Nada de "felizes para sempre" aqui. Em releitura do estilo para um ambiente corporativo, já me veio a mente o Strega Fashion Design. Ele encaixa muito bem com o gênero.

Strega fashion in office

E você, conhecia o Elfpunk e o Mythpunk? Gostou do look proposto?
Comente!

Referências do post:
https://ageofsteam.wordpress.com/2010/07/19/what-is-elfpunk/
http://en.wikipedia.org/wiki/Cyberpunk_derivatives
http://www.europanet.com.br/elfos/
https://www.goodreads.com/shelf/show/elfpunk
https://www.pinterest.com/search/pins/?q=mythpunk&term_meta%5B%5D=mythpunk%7Ctyped
http://fuckyeahelfpunk.tumblr.com/
https://www.pinterest.com/search/pins/?q=elfpunk&term_meta%5B%5D=elfpunk%7Ctyped
https://www.pinterest.com/search/pins/?rs=ac&len=2&q=strega+fashion&term_meta%5B%5D=strega%7Cautocomplete%7C1&term_meta%5B%5D=fashion%7Cautocomplete%7C1
http://madamegio.blogspot.com.br/2015/07/voce-sabe-oque-e-strega-fashion.html

domingo, 18 de outubro de 2015

Decorações de Halloween de papel

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Com a proximidade do Halloween, e com tantos blogs escrevendo sobre decorações para a festa, me inspirei a escrever a respeito. 
Adoro decorar festas, mas gosto de fazer de forma sustentável, com materiais recicláveis ou que são duráveis para muitas festas, evitando desperdícios. Também gosto de usar elementos em 3D, acho divertido e desfiador.
Anos atrás, descobri vários crafts gratuitos para o Halloween. São ideias que exigem um pouco de paciência (cortar, dobrar, colar com calma), mas o efeito é muito bonito. E são 100% recicláveis.
Separei os meus favoritos:

Móbile casa assombrada: aqui

Balde amaldiçoado: aqui

Enfeite de mesa de morceguinho: aqui.

Gato e abóbora: aqui.

Caixas de origami (legais para presentear com pequenos mimos): aqui

Este artista tem vários, todos bem fáceis: aqui

Molde de caixão para decorar ou presentear: aqui

Esqueleto que dá a impressão de estar te vigiando: aqui

Fantasma com lanterna: aqui

Nosferatu (fofo!): aqui

La Catrina, que fiz no Halloween do ano passado: aqui

Lolita creepy: aqui

Gostou? Neste dois sites abaixo tem muuuuuuuuitos outros papers crafts legais, muitos mesmo!


Vai decorar a casa para o Halloween?
Beijo!

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Um toque de Tim Burton

Listras brancas finas sobre fundo preto são uma referência que me lembra Tim Burton. É quase certo que ao vestir uma peça com esta estamparia, vou me sentir numa das obras cinematográficas dele. Talvez por isso quis uma look mais dramático.
O vestido é um modelo antigo da Renner, na época que faziam coisas mais duráveis e menos "de modinha". As meias opacas são Trifil, velhas de tanto uso. A gargantilha é uma que fiz, com um camafeu que comprei há tempos. E nos pés uma sapatilha de estrelas, antiga também, para dar um toque divertido. Batom Ricosti, cor glam. Pulseiras estilo "Carmem Miranda" dadas pela minha mãe, bem como o anel de pedra roxa.




 







Logicamente, como em toda a roupa colante de listras deitadas, esta alargou meus quadris. Se eu me chateei? No começo sim, mas depois pensei em quantas vezes a gente acredita que tem alguém reparando no que vestimos, no que dizemos...e na verdade ninguém está olhando.
Eu percebi uma vez que minha opinião nem sempre é importante, pois muitas vezes ninguém queria realmente saber o que eu estava pensando. Foi um choque. E comecei a notar que muitas vezes o que visto ou uso passa despercebido. Nós, que sofremos alguma rejeição em algum momento da vida, acabamos acreditando que isso ocorre sempre. E não é bem assim.
Então, que vivam as listras! E adoro Tim Burton.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Série Tabus e eu - veganismo (2)

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Fiquei 4 semanas sem carne. Orgulhosa de mim por resistir bravamente, fui com uma amiga jantar num pub aqui de Curitiba. Conferido o cardápio para ver se tinha opções sem carne, fomos bem felizes. Feliz mas um pouco desanimada. Andava chata a dias, com tonturas durante a fisioterapia. Achava que era por voltar a pegar pesado com exercícios. Também vivia faminta - embora comessse muito mais do que estava acostumada, a ponto de ficar empanturrada. Meia horas depois, já estava com fome. Inchada, barriga sobressaindo da calça. Por ter de escolher entre comer carne e comer gluten, estava escolhendo comer gluten. E o organismo andava reclamando muito.

Chegando lá, cardápio restrito a 3 pratos. As 3 opções com carne. E eu com uma fome enlouquecedora, já com dor de cabeça forte e fraqueza ao andar. Não conseguiria ir a outro lugar sem passar mal. Que coisa chata! Comi um pão com carne dentro. A comida descia pela garganta, entre a alegria de comer algo e a tristeza de comer carne. Me senti imediatamente melhor. A sensação era de saciedade, satisfação, culpa, tudo junto. 

E no dia seguinte, voltando a dieta sem carne, notei que pela manhã tinha conseguido ir ao banheiro com mais facilidade. Não sabia dizer bem porque, mas andava com os intestinos fora de ordem. Também não passei mal na fisioterapia. Mas não quis aceitar uma relação entre as duas coisas.

Passados uns dias, outra vez me deparo com um lugar que promete opções sem carne, mas não cumpre. Comi carne de novo. As mesmas sensações contraditórias, a facilidade de ir ao banheiro, a barriga menos inchada. Já não era coincidência - mas não queria aceitar isso.

Enquanto pesquisava o motivo desta relação, me deparava com muitas questões envolvendo veganismo. As brigas eram severas. Motivos em defesa da carne eram tantos quantos os contra sua ingestão. Neste ponto, parei de pesquisar sobre comida e foquei em outra indústria: a cosmética.

O Brasil é um enorme consumidor de cosméticos. E a Anvisa é o órgão regulamentador da vigilância sobre estas indústria. Mas ela não exige testes em animais. As empresas que os fazem fazem porque querem. E há um projeto de lei que está querendo proibir esta prática. O que acho muito válido - afinal, temos opções, como testes em cultura celular e simulações.

A grande vilã nesta história tem localização conhecida: China. O país oriental exige testes em animais. E toda empresa que vende para o país precisa fazer os testes. Ou seja: se a empresa diz não fazer testes aqui no Brasil, mas vende para a China, ela faz testes. Simples. E neste rol estão empresas velhas conhecidas: Avon, Mary Kay, L´oreal.

Para os veganos, a situação é ainda mais complicada. Muitos cosméticos usam derivados animais, que são obtidos de sobras de indústria de corte de carne, de produção textil e de obtenção de mel. Achar substitutos é um desafio. As opções ficam restritas, e muitas vezes são mais caras que as convencionais. Fora que muitas se tornam difíceis de achar em qualquer loja. Mas elas existem, podem ser encontradas em algumas farmácias ou pela internet, e podem ser substituídas por opções caseiras.

Como eu quero abolir produtos testados em animais, comecei pelos cosméticos que tinha em casa e que gostava de usar. Me passou pela cabeça verificar se testavam - mas não verifiquei antes se vendiam na China. Adeus, creme Nívea! Fiz uma lista e fui já me preparando para as substituições futuras, quando os produtos acabassem. Afinal, jogar fora seria poluição gratuita.

O que?
Marca?
Testa em animais?
Vegana?
Alternativas?
Sabonete
Natura Ekos, Phebo
não
Sim. O Sabonete Odor de Rosas é referência em tudo quanto é pesquisa que fiz.
_
Creme para rosto
Bio Oil, Micropeeling Abelha Rainha
não
Sim. O Bio Oil é versátil: serve para rosto, corpo e cabelos. Já o micropeeling segue em suspeita.
Para o micropeeling, aceito sugestões.
Limpeza facial e desodorante
Leite de rosas
não
Sim. A maioria dos compostos é mineral, os que não são são vegetais
_
Esfoliante  corporal e facial
Argila negra
não
Sim e não, toda argila é vegana. Eu compro em uma loja vegetariana aqui de Curitiba. Misturo a chás e mel (mas daí deixa de ser vegana...)
_
Creme dental
Tandy (aham, de criança)
Infelizmente sim. A Colgate testa.
Não. Ainda não achei um substituto. Ia fazer minha própria pasta com pó de juá, mas quem disse que acho?
Procurar marcas veganas. O Condor tinha géis dentais veganos, mas não sei se ainda tem.
Absorvente
Intimus – a única marca que não me deu alergia até hoje.
Infelizmente sim. A Kimberly Clark testa.
Não. Embora absorventes sejam feitos de algodão, não quero mais usar. Preferia um coletor menstrual, mas pode dar alergia. Estou pesquisando.
Usar paninhos laváveis; achar um coletor que não dê alergia. Ou fazer o próprio, em algodão. Teve uma americana que fez e contou a experiência
Maquiagem
Abelha Rainha (sob suspeita), Boticário, Panvel (sob suspeita), Jequiti
Todas as empresas que falei não testam. Só que algumas não garantem seus fornecedores
Não. A maioria tem compostos animais, mas como faz muitos meses que não compro maquiagem, pretendo comprar só veganas daqui em diante, quando acabar as que tenho aqui. Exceto os batons Max love, (desculpa, mas eles são matte e são exatamente o que estava querendo a meses).
Pesquisar mais marcas, fazer alguns em casa. Dependendo do que for, não é tão complicado assim. Cobrar as empresas para discriminar corretamente.
Tinta de cabelo
Embelleze Hene Pelúcia, Natucor Preto Azulado
Não.
Boa pergunta. Vou pesquisar.
Depois que a Gio, a Suelen e a Sandila falaram do hene, fui pesquisar sobre. Muitas amigas dos bichinhos recomendam Embelleze.
Shampoo e condicionador
Garnier, Phytoervas
Sim. E não.
Taí um problema. Só Garnier não me deu problemas de uso. Muitos me recomendaram Bio Extratus, pretendo testar, bem como os da Granado. Phytoervas é legal, mas é chato de achar e bem mais caro do que estou podendo.
Pesquisar mais marcas – fáceis de achar, porque não adianta escolher uma marca difícil de encontrar – ou fazer em casa (onde encontro pó de juá???). Tentar bicarbonato e vinagre de maçã
Creme para pentear
Garnier
Sim.
Outro problema. Já tentei Bio Oil, mas tem que lavar muitas vezes o cabelo (e o meu não aguenta tudo isso).
Tentar manteigas vegetais. Ando pesquisando e vou testar. Usar de marcas já conhecidas tb vale.
Esmaltes e cia
Tenho tantos aqui que nem vou listar. Removedor a partir de agora só Risqué ou Impala.
Não.
Eu pretendo não comprar mais esmalte até acabar com os que tenho. Daí vou atrás de uma marca vegana.
A Surya acaba de lançar!

Como deu para perceber, não é tão complicado assim. Cobrar das empresas também está valendo: quanto mais se pergunta, mais a empresa se sente cobrada a respeito. E mais as empresas tomam posição. O que não significa que as empresas não fazem malandragem. A Mary Kay foi pega no pulo recentemente.

E enquanto vou achando soluções, vou lidando com o desconforto de ter de comer carne de vez em quando para a sensação estranha que me acomete passar. Chato. Muito chato.

Continua...

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