quinta-feira, 30 de julho de 2015

Mais poesia - sonhos de uma noite vazia

Hoje, me peguei encostada na janela
Seu cigarro, aceso na penumbra, dizia que queria solidão.
A fumaça voava até mim, como uma magia de mil e uma noites,
mas para me levar ao inferno, não ao paraíso que sonhava.

Ouço aquela música que me faz lembrar
No ar, pétalas e folhas de um verão acabado
E me pego com medo de quem vejo no espelho, 
que ela termine o que eu comecei.

Não quero pensar em você agora
Não quero te ver sorrindo
Porque tenho vontade de acalentá-lo em meus braços
e chamar-lhe de amor

Já disse Renato que ainda era cedo
Para mim está em uma alvorada
Onde ao invés de subir o Sol vem a Lua
que ao invés de me aquecer me congela

Tens ideia do que é abraçar-te a noite?
Sentir a névoa do teu perfume me envolvendo?
A voz que me chama dominando meus sentidos
Para depois sentir meu coração gritando Não?

Por que tenho esta sensação de que quem precisa de proteção é você?
Que é você que precisa que lhe enxuguem os cabelos?
Que é você que precisa de um bom suco e de um sorriso?
Que é você que quer ouvir Eu te Amo?

Odeio me ver no espelho, embalada na fumaça do seu cigarro, ao fundo meu coração chorando.


Carpe diem, carpe noctem, finis est initium.

2 comentários:

  1. Fiquei sem palavras, amei seu texto *-*
    Me remeteu ao meu relacionamento passado, que quando mais achei que era a carente, a que mais gostava na história, fui surpreendida ao ver que ela precisava mais de mim do que eu dela...

    http://sobremeninasevodcas.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Verônica!
      Tantos relacionamentos são assim, né? Hoje em dia, você vê muito submisso/dominante, mas quando o submisso sai desta forma de relacionar, o dominante fica quebrado.
      Beijos e obrigada pela visita! Vou dar uma olhada nas suas poesias com carinho!

      Excluir

Adoro comentários e críticas construtivas!

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